Relacionamento e dinheiro: o que tem valor para o seu amor?

Relacionamento e dinheiro: o que tem valor para o seu amor?

O dinheiro é um dos principais motivos de briga entre casais e um dos maiores causadores de divórcios e separações.

Porém, o papel-moeda em si não vale nada, como o próprio nome diz, é só um papel. O dinheiro é apenas um meio de pagamento e facilitador de trocas. Ele só existe, porque atribuímos a ele um valor. Logo, os conflitos que surgem “aparentemente” por causa do dinheiro, estão ligados ao que está por trás dele.

Preço x valor

O marketing costuma diferenciar os conceitos de preço e valor. O preço reflete a quantia a ser paga por determinado produto ou serviço, já o valor é o quanto uma pessoa estaria disposta a pagar pelo produto. Essa motivação se trata de algo mais subjetivo e particular, variando de pessoa para pessoa.

É por isso que a mesma pessoa pode achar caro pagar R$ 150,00 em um aparelho eletrônico, mas acreditar que vale desembolsar R$ 300,00 em um vestuário. Alguém estar disposto a assumir uma parcela de R$ 3.000,00 em um financiamento imobiliário, mas não pagaria nem R$ 1.000,00 de aluguel no mesmo imóvel.

E, adivinha? Não raro, essas divergências acontecem entre casal!

O valor é relativo

Enquanto pra um, o valor pode estar relacionado à compra dos últimos lançamentos tecnológicos, para o outro, é se sentir bonito e atraente. Se um valoriza uma casa grande, porque é caseiro e gosta de receber a família e os amigos, o outro pode almejar um pequeno apartamento, que ofereça segurança, gere poucos gastos com manutenção e, assim, economiza pra viajar mais. Por fim, ao escolher a alimentação, um pode estar procurando por saúde, o outro buscando por lazer ou simplesmente saciar a fome. São vários exemplos!

Quando brigamos por dinheiro, na verdade estamos tentando comunicar nossos valores, nossas necessidades e prioridades. A manifestação de diferentes vontades, desejos e preocupações relacionadas às necessidades (sejam elas grandes ou pequenas) podem aparecer em um mesmo processo de tomada de decisão. Logo, se temos necessidades diferentes, ou até semelhantes, mas capacidades financeiras distintas, consequentemente, vamos usar o dinheiro de formas contrárias.

É por isso que as bases para qualquer relacionamento são a escuta e o diálogo. Se escutássemos, realmente, não ficaríamos surpresos com a escolha do outro.

Porém, isso não significa que o casal precisa combinar todos os valores para a relação dar certo. Mas sim que, ao organizar suas finanças, além dos planos comuns, é importante escutar e dar lugar às necessidades individuais de cada um.

Última dica

Para os planos e objetivos maiores, ambos podem listar o que desejam para si e para o casal e definir prazos e prioridades de acordo com os recursos disponíveis. Já para os gastos do dia a dia, é recomendado estipular uma espécie de mesada, assim como é feito com as crianças, em que cada um recebe um valor específico, não necessariamente igual, mas de acordo com suas necessidades e capacidades, para poderem usufruir de pequenos prazeres, sem precisar prestar conta para o outro.

Quanto mais consciente os dois estão dos seus valores e necessidades, mais conectados estão entre si!


Publicado em: 01/01/1970 00:00:00
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